Já parou para pensar nisso com honestidade?
Porque, muitas vezes, passamos a vida correndo atrás da felicidade como quem persegue algo distante, quase inalcançável, quando, na verdade, deveríamos nos perguntar: será que sei conviver com ela? Porque felicidade não é só um estado momentâneo de euforia, é uma construção diária, silenciosa, feita de escolhas conscientes, de pausas, de coragem para aceitar a vida como ela é, imperfeita, mas plena.
Demorei anos para entender que a felicidade não chega como prêmio, nem como um marco no calendário. Ela se infiltra nos detalhes, nos encontros verdadeiros, no trabalho que me preenche, na independência que lutei para conquistar, nas relações que escolhi manter. Felicidade também é disciplina: a de se priorizar, a de respeitar o próprio tempo, a de não se deixar arrastar pelas expectativas alheias. E, principalmente, a disciplina de manter uma convivência saudável com ela, sem achar que não merecemos ou que não somos suficientes.
Hoje, mais do que buscar a felicidade, eu pratico estar com ela. Às vezes ela é discreta, outras vezes se impõe, mas sempre me lembra que a vida não é sobre esperar grandes acontecimentos, mas sobre saborear o processo. Por isso, te provoco: você e a felicidade convivem bem? Ou ela ainda é aquela estranha que você vê de longe, mas nunca convida para se sentar à sua mesa?
Talvez esteja na hora de abrir espaço, parar de adiar, e aceitar que ser feliz é, antes de tudo, uma escolha e, sim, absolutamente possível.