Por muito tempo, o sucesso foi, para mim, uma linha de chegada, uma meta a ser perseguida. E quando ele chegou, reparei que eu já estava mirando outra meta, ainda mais distante. É comum entre os que têm sede de fazer, de crescer, de transformar. Mas chega uma hora — e ela precisa chegar — em que nos perguntamos: estou apenas correndo… ou estou desfrutando?
Saber usufruir do próprio sucesso é, talvez, um dos maiores desafios de quem construiu tudo com esforço. Parece contraditório, mas quem trabalhou duro por cada conquista, muitas vezes tem dificuldade em parar, respirar e sentir orgulho do que construiu. O medo de parecer acomodada, a pressão de continuar provando o próprio valor, a cobrança por produtividade constante. Tudo isso tira da gente o direito de saborear. E o sucesso, se não é sentido, é só mais uma obrigação.
Hoje, depois de anos de empenho, entendo que celebrar é também uma forma de honrar a trajetória. E usufruir não significa parar, significa estar presente. Significa desfrutar da liberdade que tanto se buscou, reconhecer a força que nos trouxe até aqui e permitir-se viver com prazer, e não apenas com meta. Porque sucesso sem presença é só correria disfarçada de conquista.